TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Contamos com o primeiro tomógrafo do mundo dedicado aos Pets. 

Nosso equipamento, um aparelho multislice da GE®, permite que sejam realizados exames com excelente qualidade de imagem, reconstruções multiplanares e 3D, possibilitando um diagnóstico mais preciso. A tecnologia também proporciona rapidez na aquisição das imagens, portanto um menor tempo de anestesia para o paciente, tornando o procedimento ainda mais seguro. 

Os exames são realizados por uma equipe de profissionais capacitados desde o procedimento anestésico, passando pela aquisição das imagens, manutenção do paciente em internação própria até sua completa recuperação, e por fim, a elaboração do relatório tomográfico.

Grande parte dos exames realizados requerem utilização de contraste iodado via endovenosa e ocasionalmente mielotomografia nos exames de coluna vertebral. Os pacientes são previamente avaliados para a averiguação da possibilidade dos procedimentos anestésicos  e do uso do contraste com maior segurança .

É ampla a lista de indicações da realização do exame de tomografia computadorizada, contemplando a maior parte dos sistemas corpóreos, e incluindo: crânio, coluna vertebral, região cervical ventral, tórax, abdome, pelve e esqueleto apendicular.

A Tomografia é muitas vezes complementar ao exame radiográfico e ultrassonográfico, e é considerada padrão-ouro em algumas avaliações e suspeitas diagnósticas específicas. Dentre suas principais utilizações, pode-se citar:

  • Avaliação da extensão, envolvimento de tecido ósseo e planos de separação dos aumentos de volume / formações
  • Diagnóstico de lesões vertebrais
  • Pesquisa de material em canal vertebral
  • Avaliação de compressões medulares (necessidade de mielotomografia e/ou contraste venosos durante a realização do exame)
  • Avaliação de cavidades nasais e seios paranasais / integridade do septo nasal e da placa cribiforme nas formações em cavidades nasais
  • Avaliação de conduto auditivo, cavidades e bulas timpânicas
  • Avaliação de algumas alterações encefálicas
  • Avaliação de tireoides, linfondodos cervicais, traqueia e esôfago
  • Avaliação das cartilagens da laringe
  • Avaliação de glândulas salivares
  • Avaliação de oro e nasofaringe
  • Pesquisa de metástases pulmonares não diagnosticadas ao exame radiográfico 
  • Caracterização das alterações do parênquima pulmonar
  • Determinação das relações topográficas e planos de separação de formações torácicas
  • Origem de lesões mediastinais
  • Planejamento cirúrgico ortopédico
  • Diagnóstico e planejamento cirúrgico de shunts portossistêmicos
  • Determinação da origem e planos de separação de formações abdominais extensas
  • Diagnóstico de ureteres ectópicos
  • Avaliações vasculares - angiotomografia
  • Reconstruções tridimensionais como planejamento cirúrgico mais preciso e como modelo de impressões 3D
  • Guia de punções aspirativas / biópsias

DÚVIDAS FREQUENTES

Por que são necessários exames para a anestesia? 

 

Os exames pré anestésicos tem como objetivo fornecer informações sobre a condição de diversos sistemas do organismo do paciente, estas informações podem informar algo que interfira no procedimento anestésico. Com avaliação dos exames o anestesita faz o planejamento com maior segurança do protocolo anestésico.

Muitos exames podem sofrer alterações em curtos intervalos de tempo por interferência de diversos fatores como por exemplo infecções, neoplasias (tumores), desidratação, anorexia (falta de apetite), medicações, etc, portanto para uma melhor avaliação da condição do seu animal é necessário a realização exames recentes.

 

Existe algum risco?

 

Todo procedimento que envolva a administração de medicações, mesmo que por via oral, há riscos inerentes a diversos fatores, desde efeitos colaterais relacionados a medicação, ou mesmo intolerância por parte do organismo do paciente.

Na anestesia, os fármacos utilizados possuem o objetivo de proporcionar inconsciência, relaxamento muscular e analgesia, mas também podem interferir na função cardiovascular, respiratória, renal, hepática entre outras.

Há dois fatores principais que possuem um papel importante no risco anestésico: a condição do paciente e o tipo de procedimento ao qual o paciente será submetido. A condição do paciente será avaliada pelo Médico Veterinário Anestesista a partir do resultado dos exames solicitados para o procedimento associado ao histórico clínico. Já em relação ao procedimento, a anestesia para a tomografia que consiste em um procedimento rápido, indolor difere, por exemplo, de um procedimento cirúrgico, onde há manipulação, sangramento e uma maior tempo de duração. Nesta comparação, a anestesia para a tomografia oferece menor risco quando comparado a um paciente submetido a um procedimento cirúrgico.

Em caso de pacientes críticos a indicação da internação poderá ser realizada.

 

O que devo saber sobre o uso do contraste?

 

O uso do contraste pode ser determinante no diagnóstico de lesões no exame tomográfico, principalmente nos pacientes em que há a suspeita de neoplasias. O contraste pode ser feito pela via endovenosa ou por outras vias como por exemplo a via intratecal, no caso da Mielotomografia, que explicaremos os detalhes no próximo tópico.

Os meios de contraste são substâncias que contém iodo na sua composição, e a necessidade da sua utilização é realizada individualmente dependendo da avaliação do clínico e do radiologista. Quando feito pela via endovenosa, o contraste realça as estruturas vasculares, permitindo a identificação de vasos sanguíneos e uma melhor delimitação de lesões.

Embora seja incomum, há a possibilidade de reações adversas, que são classificadas como leves (náuseas, vômitos), moderadas (edema facial, convulsão e bronco espasmo) ou graves (insuficiência renal ou respiratória, inclusive com risco de vida), e que podem ocorrer de forma aguda (minutos após a sua injeção) ou de forma mais rara, horas ou dias após sua administração.

Pacientes que possuem histórico de doença renal, ou alteração nos exames de função renal, deverão solicitar a orientação de um médico veterinário sobre a realização do exame, bem como o manejo do paciente após a realização da tomografia contrastada.

 

O que é a Mielotomografia?

 

A Mielotomografia consiste na administração do contraste pela via intratecal, ou seja, o contraste é injetado próximo a medula espinhal, entre duas membranas que a protegem, no mesmo espaço onde contém o líquido cefalorraquidiano. Este líquido acompanha toda a extensão da medula, e quando o contraste é injetado neste local, ele forma uma coluna que realça o contorno da medula espinhal, permitindo identificar pontos de compressão medular. Em algumas afecções, podemos ter compressões medulares ou mesmo mal formações em que não conseguimos identificar com a tomografia simples, e dependendo da indicação podemos e realizar este exame.

 

Como a Mielotomografia é realizada?

 

Para a realização da mielotomografia, a punção do espaço intratecal pode ser feita em duas regiões, na cisterna magna (localizada próxima da cabeça do animal) ou na região da coluna lombar. O local de escolha dependerá da indicação clínica e avaliação do médico veterinário. O paciente deverá estar sedado, e os pelos na região da punção deverão ser removidos para evitar contaminação. Após a punção o contraste é injetado e uma nova imagem tomográfica será realizada para verificar a distribuição do contraste ao longo do canal vertebral do paciente.

 

Quais os riscos relacionados a Mielotomografia?

 

A mielotomografia, embora incomum, oferece riscos adicionais em relação a tomografia simples, por envolver a punção de estruturas delicadas e a injeção do contraste no espaço intratecal. Sobre a punção há riscos relacionados a lesão física pelo posicionamento da agulha, como punção de estruturas nervosas ou vasculares, e também o risco de falha na punção ou extravasamento do contraste para o espaço epidural com a impossibilidade de realizar o exame. Sobre a utilização do contraste, assim como na injeção endovenosa, há os mesmos riscos inerentes da sua injeção, sendo a complicação mais relatada por essa via a convulsão. Em casos de convulsão, a internação poderá ser indicada para a monitoração do paciente.